segunda-feira, julho 05, 2004

A impossibilidade de uma estabilidade

A partir do momento em que Durão Barroso aceitou o convite para presidir à Comissão Europeia, o PSD deixou de ter condições para dar continuidade a uma série de políticas que tinham em vista a estabilidade social e económica do país. Muito contribuíu para isso a ascensão à liderança do partido por parte de Santana Lopes, já que muitos dos nomes que garantiam o frágil sucesso governativo de Durão, tais como Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes e Teresa Gouveia, abandonaram o Governo, conscientes de que o novo líder partidário é um populista que cedo quererá dar pão ao povo através do seu hábito incurável de fazer obra pública e de abrir cordões à bolsa.Assim sendo, a provável ascensão de Santana Lopes a primeiro-ministro terá de ser vista como uma necessidade cega de continuação a todo o custo de um partido de falsos consensos no poder.