terça-feira, outubro 18, 2005

Crescer

O filho da vila passava estrume nas faces rosadinhas, esperando que a barba lhe crescesse mais depressa. Já as raparigas cochichavam que devia haver algo de estranho num rapaz que cheirasse a estrume.
O tempo passou e fez-se homem. O estrume caiu. A barba não cresceu. Em seu lugar, o estrume adubou um monstro.

[João Silva]