O Eterno Marasmo
Vivemos num eterno marasmo. Procuro, inutilmente, uma conversa delicada no café, na televisão, onde seja. Onde falássemos de religião, de filosofia, de história, política, literatura, cinema, musica ou pintura.
Não encontro o que procuro. Encontro sim, quem fale senão de futebol, das tropelias dos políticos (os safados!), enfim, das corriqueirices que nos atormentam diariamente. Dos assuntos de casa-trabalho, trabalho-casa.
Actualmente, parece que saber se existe vida inteligente em Portugal é como perguntar se existe água em Marte. Todos crêem que sim, mas ninguém sabe exactamente onde.
Eu tenho a felicidade de já ter encontrado alguma água da qual beber, mas é pouco. Se excluir os mortos qualquer dia estou desidratado.
[Tiago Baltazar]
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