segunda-feira, julho 26, 2004

Engrimanço 2

Uma fotografia persiste na frágil memória do ofídio. Ele, sem dar por nada, morde tudo o que o rodeia. Sente raiva de tudo. Quer espalhar sangue pelos corpos viscosos das suas vitimas. Quer sentir a putrefacção dos cadáveres que vai coleccionando. A fotografia, essa, permanece lá, na memória, escondida, intocável, à espera do ataque do matuto.