quinta-feira, agosto 26, 2004

O festejo do golo - Reminiscência I

Gosto de futebol. Porém, não consigo deixar de permanecer sossegado na minha cadeira quando o cube, pelo qual eu simpatizo, marca um golo. No máximo esboço um sorriso patético. Sempre foi assim.
Apesar disso, as pessoas que me rodeiam festejam os golos das mais diversas formas: pulando, gritando, cantando, pontapeando as mesas e as cadeiras, etc. Não há forma de pedir a alguém que me imite quando o clube dos seus afectos acerta com a bola no fundo das redes do clube adversário.
Contudo, houve um festejo que me ficou na memória, mais ainda do que o próprio golo, que já foi esquecido. Foi o festejo à peixinho. Quando vi, nem quis acreditar: um rapaz rechonchudo levanta-se, dá um pontapé numa cadeira e atira-se ferozmente para o chão de braços abertos. Coisa inédita. Que fervor! Que emoção!

[Paulo Ferreira]