sábado, março 12, 2005

O engenheiro e o futuro

Desejo o melhor para o PS. Confesso. Quero ver o engenheiro Sócrates fazer de nós pessoas melhores. Fazer de Portugal um país mais bonito, com telemóveis apetrechados e internet sem fios. A verdade é que sou um sentimental. Mais, um pretensioso à portuguesa. Dizia Kafka que «só existe um destino, nenhum caminho», que aquilo «a que chamamos caminho é hesitação». Kafka não errou, Portugal continua na senda de um destino importante: um fim digno. A decadência de Portugal está fora das nossas habilidades humanas para salvar o país. Que feremos, então, no tempo que nos resta?

O que podemos fazer, tal como Sócrates bem percebeu, é fornecer as ferramentas para um final feliz. Para os últimos dias no «corredor». Para uma última refeição. Porque acredito em Sócrates, digo: os 150 mil empregos serão criados, tenham paciência. Têm mesmo de ser, nem que sejam na função de assistência, aplaudindo o Governo e dando sinais de optimismo desesperado aos portugueses - agora que todos temos internet, ninguém nos pára.

[João Silva]