quinta-feira, abril 28, 2005

Quotidiano

Cruzamo-nos diariamente, como desconhecidos que somos. Cruzamo-nos, presos a gestos e movimentos, típicos de quem se sente observado. Somos vizinhos. Vivemos em andares e mundos próximos, mas separados. O nosso afastamento parece obra da eternidade. Mas, quando te observo do alto da minha varanda e te aceno com um sorriso silencioso, os minutos, os meses e os anos parecem juntar-se num momento de ilusão.

[Paulo Ferreira]