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Em Lisboa, em Setúbal e no Porto (não tão agravada) a derrota do Partido Socialista é clara, ainda que não surpreendente. O PS, apesar de ser partido de governo - e de um governo bem fraco, contestado pelos partidos mais à «direita» e pelo eleitorado e partidos à esquerda -, não teve exactamente o leque de pessoas ideais para encabeçar uma tentativa de consolidar a sua influência a nível local. Na verdade, muitas leituras podem ser feitas, mas uma delas parece-me a mais forte: a direcção do PS sabia que eram eleições um pouco vagas, tudo indicando uma enorme quebra. Daí personalidades tão fracas como Manuel Maria Carrilho, Francisco Assis, João Soares, Catarino Costa, entre outras, terem avançado como representantes locais de um partido, a nível nacional, já de si debilitado e dividido.
A primeira conclusão que se tira é, portanto, uma sem grandes surpresas. Adivinhava-se a queda vertiginosa (ainda que já não tenha há, pelo menos, um mandato nenhuma das câmaras) do PS nos concelhos mais importantes do país. Foi o que aconteceu.
[João Silva]
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