Consensos
Os dois principais partidos políticos portugueses gostam de evitar a luta política. Por outro lado, adoram gerar consensos. Gostam de usar e abusar de conceitos, tais como harmonia, sintonia, estabilidade, entre outros. Veja-se o seguinte exemplo: José Sócrates, candidato a secretário-geral do Partido Socialista, vem à televisão como se já tivesse o partido na mão. Os amigos e conhecidos do senhor vêm à televisão mostrar que todo o PS deseja ser liderado por José Sócrates.
Todavia, os “consensos” nem sempre são maus. Nos governos de Cavaco Silva não foram. Porém, Cavaco tinha duas coisas fundamentais para sustentar um consenso (não apenas partidário, como nacional): a força e as ideias. Até hoje, só Cavaco conseguiu juntar esses dois factores herdados de Salazar e de Marcello Caetano. Apesar disso, todos querem “consensos”. Infelizmente, isso não é possível. Na melhor das hipóteses, conseguem falsos consensos, tais como o consenso que se gerou em volta de Santana Lopes dentro do PSD. Por isso, se os militantes partidários desejam verdadeiros consensos partidários e, porventura, nacionais, é melhor arranjarem líderes com autoridade e, se possível, com ideias.
Todavia, os “consensos” nem sempre são maus. Nos governos de Cavaco Silva não foram. Porém, Cavaco tinha duas coisas fundamentais para sustentar um consenso (não apenas partidário, como nacional): a força e as ideias. Até hoje, só Cavaco conseguiu juntar esses dois factores herdados de Salazar e de Marcello Caetano. Apesar disso, todos querem “consensos”. Infelizmente, isso não é possível. Na melhor das hipóteses, conseguem falsos consensos, tais como o consenso que se gerou em volta de Santana Lopes dentro do PSD. Por isso, se os militantes partidários desejam verdadeiros consensos partidários e, porventura, nacionais, é melhor arranjarem líderes com autoridade e, se possível, com ideias.
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