Lisboa em Dezembro
Falta um mês para o Natal. E as livrarias, que o Senhor agraciou com dotes de marketing e vendas, sabem o que gente como eu quer (todo o ano): livros. Os preços baixam. Diamantes em bruto esgueiram-se do fundo dos armazéns a preços de contrabandista. As prateleiras enchem. As importações chegam, sem «portes de envio» incluídos. As notas revolvem, as moedas fervilham nos bolsos. A FNAC (abençoada cooperativa) manipula as mentes dos doentes de bibliofilia. Como qualquer português influenciado pelos anos guterristas, Dezembro significa (quanto a livros), apenas, uma coisa: descontrolo orçamental.
[João Silva]
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