Votar em partidos, e não em executivos
Há cerca de uma semana, Luís Filipe Menezes andou em campanha na região da candidatura das suas listas. Aproveitou para afirmar, então, que «os portugueses iam às urnas escolher, para Primeiro-Ministro, Santana Lopes ou José Sócrates, não há outros candidatos a Primeiro-Ministro».
Engana-se. As pessoas vão às urnas escolher, para o Parlamento, o partido que mais gostariam de ver representado e, assim, ver representados os seus próprios interesses e vias políticas preferenciais. Os «portugueses» não vão «escolher apenas um Primeiro-Ministro» entre os dois senhores já referidos.
Por exemplo, eu, garanto-vos, não morro de amores pelos «únicos candidatos a Primeiro-Ministro» do sr. Menezes. Portanto, é provável que vá fugir às «leis normativas» que Menezes garantiu existir nas eleições de Fevereiro. Provavelmente, entre outras, Odete Santos, também não gostará da ideia de estar a dar votos ao PSD quando votar. A tese de Menezes, portanto, é frouxa.
[João Silva]
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