Zeus e Hefesto
Começo por dizer o óbvio: a política é feita pelo Homem e para o Homem. Tanto assim é que, os melhores políticos, são, na maior parte dos casos, os homens mais vulgarizados pela unanimidade. Ronald Reagan, por exemplo, por mais cretino que fosse para a opinião pública da sua época, é hoje considerado um dos melhores presidentes que os Estados Unidos já tiveram. Provavelmente, acontecerá o mesmo com George W. Bush.
Porém, os políticos que o «público» gosta de admirar não são os que pensam como os homens, os que agem como homens. Pelo contrário, os políticos a que a multidão gosta de prestar culto são os que se aproximam dos deuses, os que só descem do Olimpo para fazer um favor à «pátria». Um exemplo vociferante disso mesmo é Freitas do Amaral. De facto, o senhor não se presta aos hábitos mundanos, não ri, não chora. Talvez nem coma. Todo ele é pose. Todo ele é génio. Contudo, Freitas do Amaral é um político falhado. Isso mesmo, um político falhado. Afinal de contas, quantas eleições já ganhou o homem? O que é que ele já fez pelo seu país e pelo mundo? Nada. No entanto, apesar de ser um péssimo político, ninguém olha para Freitas com descoroçoamento.
[Paulo Ferreira]
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