Democracia do voto único
Os políticos da «Europa», como mito civilizacional messiânico que nos salvará dos últimos malefícios restantes do Estado-nação, parecem ter, por fim, admitido a sua vaidade em pertencerem ao projecto que quase poderiam afirmar como sendo uma nova realidade política e humana que nos protegerá («europeus») de todo o Mal e de todos os desequilíbrios geopolíticos.
Sobretudo, aplicam as regras democráticas da construção europeia segundo a matriz dos centralismos democráticos da Europa do Leste. E essa orientação parece, infeliz mas não surpreendentemente, estar presente no discurso de Bruxelas e Estrasburgo. A consideração pela inteligência das pessoas é denunciadamente reduzida: para eles, há os que votam Sim e os que ainda não votaram Sim.
[João Silva]
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