O velho e a «fnac»
Há dias atrás, um vetusto senhor dizia-me que se recusava a entrar em locais como a «fnac». Eu, como viciado que sou em gastar dinheiro naquele bendito local de vendas, fiquei escandalizado. Mas o velho senhor, não se assustando com a minha arrogância imperialista, desafiava-me com argumentos muito lúcidos contra a cadeia comercial francesa. A certa altura, rendi-me às evidências. A «fnac» não é, com efeito, o paraíso que eu imaginava que fosse. Seguindo, então, as palavras do senhor, a «fnac» está organizada como um supermercado. Depois, a «fnac» não é somente uma livraria (o que não me incomoda particularmente, mas percebo que incomode outras almas menos humildes). E, para não me prolongar muito com palavras que não são bem minhas, a «fnac» é muito, mas muito mal frequentada. De qualquer forma, sendo um supermercado ou não, foi na «fnac» que comprei a maior parte dos meus livros, Paul Johnson e Leo Strauss incluídos.
[Paulo Ferreira]
<< Home