sexta-feira, julho 23, 2004

Recordando um dos mestres

"Aqueles que estão sempre desconfiados são pessoas que acham que, para lá da grande ilusão das origens, há sempre, em cada caso concreto, uma pequena ilusão especialmente destinada a elas; por exemplo, que quando uma cena de amor se desenrola num palco, a actriz, para além do sorriso hipócrita dirigido ao seu amante, tem ainda um outro, especialmente pérfido, destinado àquele espectador que está sentado nos últimos lugares da geral. Estúpida arrogância!"
 
[Franz Kafka, Parábolas e Fragmentos]