Em campanha
É nestes dias enevoados, em que tenho, ou imagino que tenho, tempo suficiente para espreitar pela janela, que verifico que existem algumas coisas intemporais, que nunca nos abandonarão. Uma dessas coisas é a campanha eleitoral. Principalmente aquela que é feita por aqueles que andam por aí a vasculhar as ruas, à espreita de uma oportunidade de alcançar a fama fácil, ou seja, pelos jovens. De facto, é realmente confrangedor contemplar uma multidão de alminhas vazias , a distribuírem autocolantes do “partido” e a berrarem todas aquelas frases estridentes para um mundo que mais tarde os acolherá como “prodígios”. Infelizmente, a única coisa em que esses seres são prodigiosos e, até, admita-se, precoces, é na extraordinária capacidade de se venderem.
[Paulo Ferreira]
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