Comer e calar
Duas raparigas conversam em falsete, e uma delas parece especialmente supreendida: «Mas fizeste isso a ele?», diz. «Fiz pois, já me conheces, sou frontal». «Mas é preciso ter coragem para acabar assim três anos». A outra esboça um sorriso: «Olha, todos sabem que eu não sou de comer e calar!». Saem de cena. Com uma delas de olhos brilhantes, orgulhosa do modelo de frontalidade que tem como amiga.
[João Silva]
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