Até amanhã
Nos tempos em que um beijo não era apenas um beijo, jogávamos ao amor. Com dedos que mais pareciam pétalas, lançavas um pequeno pedaço de tijolo ao ar, tentando não infringir as regras do código sentimental. Mas, numa tarde pluviosa, despedimo-nos com um breve «até amanhã». A chuva não combina comigo, dizias. Desde esse dia, nunca mais te vi.
[Paulo Ferreira]
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