terça-feira, maio 31, 2005

Infância

«O árbitro, a princípio bastante caseiro, cedo se rendeu à evidência, mas de tanso que era não fugia a tempo e lá tínhamos nós que driblá-lo também e empurrá-lo para fora do passeio. Às tantas, perdida toda a vergonha, houve um friquique apontado pelo craque a castigar adversa mão, e quem vejo eu na barreira? O árbitro! Fiz que não era nada comigo e acertei-lhe impiedosamente uma bolada no folhelho das tripas.»

-Fernando Assis Pacheco, Memórias de um Craque

[João Silva]