A Mulher e a Paixão
Se existe coisa que me incomoda é estar a passear ou até mesmo no café e ouvir isto de um qualquer conhecido meu: “Olha aquela! É mesmo boa!”, visto está que se está a referir a uma qualquer rapariga. Por vezes ainda entro no jogo, só para me deprimir ainda mais, e pergunto: “Qual? A loira ou a morena?”, ao qual me respondem com alguma frequência: “É pá, não sei. Estava a olhar para o cu.”. Ok. Ponto final.
Está aqui demonstrado o homem tipo. Olha para o cu, para as mamas, mas nem se digna a olhar a pobre rapariga na cara. Descobrir a cor do cabelo, a cor dos seus olhos, o quão carnudo são os seus lábios.
Isto para mim é incrível! Eu olho o rabo, eu olho o peito, mas nunca sem antes olhar para a cara da pobre observada. Pois não será na face que está tudo?
Isto só me leva a crer que a maioria dos homens não compreende a magia inerente à mulher, à senhora. Afinal, preferem o sorriso do cu, ao sorriso da face. Para mim, é nesta última, a face, que se encontra toda a sexualidade, os contornos, as pequenas expressões, e afinal, só assim nos podemos apaixonar. Quem se apaixona pelo cu, não sente o que quer que seja, mas quem se apaixona pela face da donzela, tem todo um mundo por descobrir.
Quem nunca olhou bem fundo nos olhos de uma mulher, só olhar, olhar para além do nosso próprio reflexo, nunca viu uma mulher como esta deve ser vista. Como tudo na vida, aquilo que à partida nos é ocultado é aquilo que mais merece ser visto, e com uma mulher passa-se exactamente isso.
Para mim, não existe nada mais sensual que uma mulher com uma camisa longa até às coxas, podendo-se apenas vislumbrar os contornos da sua forma, e nesse momento, ela é toda mistério, nesse momento, podemos até conhecer a dita pessoa faz anos, tê-la visto nua uma centena de vezes, mas nesse momento ela é-nos totalmente desconhecida. Dona de uma beleza nunca vista.
É só dessa beleza que um homem, diga-se eu, se consegue apaixonar. Uma beleza que nós é totalmente desconhecida, inexplicável. Essa poderá ser a forma de se saber se nos encontramos apaixonados, o não saber explicar porque o estamos. O se dizer que se está apaixonado porque ela é gira ou boa, ou se quisermos ser mais explícitos, porque tem uma cara laroca, um cu bom ou um bom par de mamas, nada reflecte. Entenda-se, a própria explicação do porquê de se estar apaixonado contradiz automaticamente o estar apaixonado.
Obviamente que com o tempo que se vai passando com a pessoa, se vão descobrindo coisas das quais gostamos ou não nessa pessoa, mas não foi por essas particularidades que nos apaixonamos inicialmente. A paixão deriva do desconhecido, daquilo que não se explica, apenas daquilo que se sente.
[Tiago Baltazar]
Está aqui demonstrado o homem tipo. Olha para o cu, para as mamas, mas nem se digna a olhar a pobre rapariga na cara. Descobrir a cor do cabelo, a cor dos seus olhos, o quão carnudo são os seus lábios.
Isto para mim é incrível! Eu olho o rabo, eu olho o peito, mas nunca sem antes olhar para a cara da pobre observada. Pois não será na face que está tudo?
Isto só me leva a crer que a maioria dos homens não compreende a magia inerente à mulher, à senhora. Afinal, preferem o sorriso do cu, ao sorriso da face. Para mim, é nesta última, a face, que se encontra toda a sexualidade, os contornos, as pequenas expressões, e afinal, só assim nos podemos apaixonar. Quem se apaixona pelo cu, não sente o que quer que seja, mas quem se apaixona pela face da donzela, tem todo um mundo por descobrir.
Quem nunca olhou bem fundo nos olhos de uma mulher, só olhar, olhar para além do nosso próprio reflexo, nunca viu uma mulher como esta deve ser vista. Como tudo na vida, aquilo que à partida nos é ocultado é aquilo que mais merece ser visto, e com uma mulher passa-se exactamente isso.
Para mim, não existe nada mais sensual que uma mulher com uma camisa longa até às coxas, podendo-se apenas vislumbrar os contornos da sua forma, e nesse momento, ela é toda mistério, nesse momento, podemos até conhecer a dita pessoa faz anos, tê-la visto nua uma centena de vezes, mas nesse momento ela é-nos totalmente desconhecida. Dona de uma beleza nunca vista.
É só dessa beleza que um homem, diga-se eu, se consegue apaixonar. Uma beleza que nós é totalmente desconhecida, inexplicável. Essa poderá ser a forma de se saber se nos encontramos apaixonados, o não saber explicar porque o estamos. O se dizer que se está apaixonado porque ela é gira ou boa, ou se quisermos ser mais explícitos, porque tem uma cara laroca, um cu bom ou um bom par de mamas, nada reflecte. Entenda-se, a própria explicação do porquê de se estar apaixonado contradiz automaticamente o estar apaixonado.
Obviamente que com o tempo que se vai passando com a pessoa, se vão descobrindo coisas das quais gostamos ou não nessa pessoa, mas não foi por essas particularidades que nos apaixonamos inicialmente. A paixão deriva do desconhecido, daquilo que não se explica, apenas daquilo que se sente.
[Tiago Baltazar]
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