Demissão no Governo
Nova onda de crise no governo. “Henrique Chaves demitiu-se ontem do Governo em ruptura com o primeiro-ministro, de quem é amigo pessoal, quatro dias depois de tomar posse como ministro do Desporto e da Juventude.” (fonte Público).
Queixando-se de despromoção na nova remodelação governamental, Chaves, bateu com a porta, queixando-se ainda que enquanto ministro-adjunto do P.M. as suas funções seriam meramente protocolares.
É um assunto sério. O facto é que desde que Santana Lopes entrou em funções o seu governo tem demonstrado uma inabilidade geral para gerir o país e ele o seu próprio executivo.
Tendo-se reunido hoje com o Presidente Sampaio, tendo já marcado uma nova reunião para quarta-feira, há quem diga que uma dissolução parlamentar poderá estar em vias de facto. Eu pessoalmente não acredito. Neste momento Jorge Sampaio está de mãos completamente atados, sendo que passar por uma crise executiva ou seja de governo, é sempre preferível a passar para uma crise nacional, a qual, uma dissolução do parlamento originaria.
A verdade é que Sampaio já teve a sua oportunidade. Não a aproveitou e agora não pode voltar atrás. Se o fizesse correria o risco de tornar de Santana Lopes um mártir. O homem, ao qual ninguém deu condições para governar. Todos sabemos como Santana é bom a fazer o papel de coitadinho.
Deixemos correr a tinta no papel. Esta situação fará mossa como tantas outras mas não estragará o veículo (o qual nunca foi grande coisa na minha opinião). A verdade é que a demissão de Henriques Chaves foi feita publicamente, ao invés de uma demissão silenciosa, o que seria de esperar vindo de um amigo Santanista. Resta saber se não existirá aqui um programa oculto de qualquer uma das partes.
A ver vamos.
[Tiago Baltazar]
<< Home