"Responsible government"
Se não houver alguma surpresa, José Sócrates será o futuro primeiro-ministro deste território, a que muitos indivíduos desatentos ainda continuam a chamar “país”. Com essa aguardada subida ao poder, o candidato do PS fará um favor a Santana Lopes: dar-lhe-á uma nova oportunidade de se redimir enquanto político e, mesmo, enquanto pessoa (se existir redenção possível). Por outro lado, a vitória de José Sócrates, que, consequentemente, acabará com toda esta “verbiagem” das eleições , traz uma responsabilidade inadiável, que não é mais que a formação de um governo responsável. Mesmo que essa responsabilidade não passe de uma miragem, a formação de um governo responsável é o mínimo que se pode pedir a Sócrates.
Porém, quando se pensa um pouco seriamente na expressão “governo responsável”, chega-se à conclusão de que essa responsabilidade, que é ao mesmo tempo uma obrigação, não passa, de facto , de uma miragem. Basta observar a bíblia de Ian McLean para se perceber isso mesmo. Ora, repare-se na definição de Ian McLean para "governo responsável": “a government that is responsive to public opinion, that pursues policies that are prudent and mutually consistent, and that is accountable to the representatives of the electors.”
[Paulo Ferreira]
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