quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Jerónimo e a ditadura operária

Depois da história comunista ter sido arrumada no seu lugar, aparece Jerónimo de Sousa, um indivíduo que prima pela simplicidade de linguagem e de raciocínio (tal como todo o comunista que se preze). Talvez devido a essa simplicidade, apareça um número cada vez maior de gente a simpatizar com o homem do operariado. Porém, o carinho que o público tem para com Jerónimo de Sousa não seria normal, se vivêssemos num país normal. Essa anormalidade advém do facto de Jerónimo ser de extrema-esquerda e de acreditar em todos aqueles projectos, que mataram muito mais gente que o nacional-socialismo de Hitler. Contudo, pode-se sempre argumentar que o comunismo já não tem peso suficiente para incomodar alguém. Concordo. Mas, com estas coisas não se brinca. Além disso, é nas sociedades fragilizadas, como a portuguesa, que a tentação totalitária tem tendência a crescer.



[Paulo Ferreira]