quinta-feira, abril 14, 2005

Where does the blood go?

Os congressos partidários costumam primar pela emoção. De facto, congresso que seja congresso, não pode passar sem o suor, sem as lágrimas, enfim, sem o impudor dos políticos que, normalmente, «animam a festa». Por exemplo, não há congresso que dispense a presença de figuras como Luís Filipe Menezes, no caso do PSD, ou de João Soares, no caso do PS. Porém, apesar de a emoção ser uma constante em quase todas as reuniões partidárias, isso não quer dizer que o debate de ideias seja maior. Pelo contrário, a emoção impossibilita qualquer tipo de debate sério.

Apesar de tudo isto parecer óbvio demais para ser escrito, a verdade é que ainda existe gente que continua a pensar que os discursos «apelativos aos sentimentos dos eleitores» são os que mais interessam ao país e ao povo, porque são o mais verdadeiros e são os que vêm do coração. Não duvido que os discurso populistas venham do coração, nem sequer duvido da genuinidade de certos políticos. Duvido é que a ausência de políticos, como Santana Lopes, dos palcos televisivos faça falta a alguém decente.

[Paulo Ferreira]